sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sala de Aula

                                                                                          por Molina, André

A avidez em busca do conhecimento e do saber, às vezes nos leva, inconteste, a perder o foco daquilo que nos propusemos aprender, efetivamente. A sede do saber faz com que levemos a um segundo plano a ementa constituída de determinada matéria, condicionando todos os demais colegas a um aprendizado, naquele momento, de pouco teor e conteúdo científico, devido a nossas interrupções e questionamentos, às vezes sem grande valor.

É certo e se tem o direito/dever de questionar as dúvidas com os professores/mestres em sala de aula (  e não temos só este momento para fazê-lo, uma vez que todo o corpo docente se dispõem  a ajudar os acadêmicos fora do horário de aula ), desde que sejam abrangentes ao assunto em discussão. Caso contrário, ao abrir uma discussão de menor valor ao aprendizado, cedemos espaço para debates e conversas paralelas e o comprometemos, inconscientes, o tempo de aula ( que já é curto e caro, diga-se de passagem ), bem como obrigamos os demais colegas de sala a perder a atenção do assunto aplicado.
As intervenções dos participantes devem ser saudáveis, sucedendo e fornecendo esclarecimentos e base para um aprendizado coletivo de qualidade e resultados extremamente satisfatórios.

 “A sala de aula deve ser um celeiro de dúvidas e, quando estas existirem, ela não deve ser vista como um espaço material, mas, sim, como um instante de construção sócio-intelectual. Dessa forma, desejo explicitar o fato de que a faculdade necessita romper seus próprios limites físicos e se fazer vida com a vida. Portanto, a sala de aula é um espaço para investigação, para a busca de pistas que componham a construção do saber, que é um dos valiosos papéis da dúvida e, também, uma instância socializante, uma vez que nos permite estabelecer contato com uma imensa diversidade de seres e formas pensantes que precisam ser ouvidas e, conseqüentemente, respeitadas. É, ainda, um laboratório de formação e informação intelectual, passando a ser uma via que nos possibilita perceber outros caminhos.
E, com isso, dizer que a aprendizagem exige uma mediação integrada, em que o aprender se torne prazeroso à medida que se faça significativo."*

*Jorbson Bezerra

Molina, André


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